quinta-feira, 28 de outubro de 2010

...?

Percebi que nos últimos meses de minha vida, um certo incomodo em meu coração se tornou repetitivo, o medo da solidão, e o pior é que a cada dia eles tem se tornado maiores.
Mesmo embora esteja cercado de pessoas a minha volta não consigo preencher o vazio que me maltrata e corrói a minha alma. Descobri que a tristeza tem dilacerado meu corpo e principalmente meu coração.
Descobri ainda que o simples fato de sentir-me assim não é ausência de amigos, é ausência de amor, é ausência de tudo e mais um pouco e essa ausência de tudo e mais um pouco tem corroído minha essência, percebi que abri mão de mim mesmo, não me preocupo mais em fazer a barba, ou em me olhar no espelho, não me preocupo em ser doce e meigo, em ser quem eu era, não me preocupo mais com meus estudos e com o que eu quero...Às vezes sinto que estou fazendo tudo o que tenho feito porque ainda tenho lutado para tentar não deixar a tristeza e a solidão me matarem... Mas estou morrendo a cada dia que se passa, mas afinal, quem não está morrendo não é? Quando, das poucas vezes que consigo fazê-lo, olho no espelho e vejo que tenho envelhecido duzentos anos por dia.
Até quando senhor? Sei que a tua misericórdia e a tua graça têm me acompanhado, mas até quando clamarei e não serei ouvido? Quantas lágrimas precisam rolar de minha face em busca de perdão? Quantas noites preciso passar sozinho para conseguir um novo amor? Quantas vezes vou sentar no chão do banheiro e chorar sem ser ouvido?
Poderia eu perder todas as coisas, poderia eu perder tudo, mas não poderia perder a fé e o amor próprio, e por mais que eu venha lutando, não tenho conseguido, perdi a fé em mim mesmo. Perdi o interesse em cuidar do meu coração, em cuidar de mim, perdi a fé a esperança no amor, seria natural se qualquer outra pessoa desistisse de nós, mas não poderia ser natural desistirmos de nós mesmos.
Essa lágrima que cai, como as outras é real, dói, maltrata e não consigo ver uma saída, as portas que não se abrem, por mais que eu corra atrás, as coisas só tem piorado, por mais que eu diga que estou bem, no fundo, quero dizer que estou sofrendo, e que preciso de um ombro, de um colo pra chorar, que tenho medo de ficar sozinho e que não quero mais ficar sozinho, por mais que eu diga aos outros que tudo vai dar certo, não consigo acreditar que pra mim as coisas vão mudar ou melhorar... Por mais que eu sorria, por dentro estou triste... sinto falta de um abraço, de um olhar, sinto falta de uma palavra amiga, sinto falta de uma companhia que não se preocupe com horas, sinto falta de ser ouvido, sinto falta de ser amado...
tá dificil reerguer a cabeça e recomeçar, não tenho conseguido viver um dia de cada vez, não tenho conseguido...

domingo, 10 de outubro de 2010

O ERRO É INJUSTIFICÁVEL


Se as pessoas soubessem a dor que causam em outras quando cometem erros, talvez não o cometessem, mas os cometem não porque não sabem da dor que causarão a outras pessoas, mas cometem por egoismo e falta de controle e amor próprio.
Um erro tão banal como magoar alguém em seu dia especial é injustificável e imperdoável. Pior não foi ter errado, foi ter deixado aquela maldita lágrima cair. Caiu não por arrependimento, mas como diria o padre Fábio de Melo: "... As pessoas sofrem muito porque não administram de um jeito certo as causas que as fazem sofrer. Escolhem errado, vivem errado, amam errado. Tudo porque faltou reflexão.", o que também não justifica o erro...
As pessoas erram por puro e simples egocentrismo das próprias almas. Errei não porque lutava tanto pra ser bom ou porque eu desejava estar bem ao menos um dia, e tinha que ser logo num dia tão especial pra você? Errei no momento em que não ouvi, que não tive controle de minhas atitudes, em que não respeitei as pessoas que estavam comigo. Elas não mereciam meu erro, mas eu mereço, somente eu mereço a minha dor de ter errado.
Depois que se erra, a pior atitude é tentar concertar aquilo que ja foi quebrado, talvez as palavras não fossem sinceras, ou talvez foram sinceras demais porque você não tinha como controlar aquilo que saia de dentro.
O pior não é errar, mas é magoar aqueles que foram objeto do seu erro, do seu egoísmo, da sua falta de amor próprio... A dor de ter errado não é de ninguém, é minha, sou humano, não sou perfeito, e essa dor maltrata, fere... Mas sou acostumado com ela, pensei que tinha mudado, que tinha me tornado alguém melhor, mas não, ainda sou aquele que tanto repudiava.
Talvez devesse eu mudar minhas manias, sair da rotina de todos os dias estar no mesmo lugar, talvez devesse eu buscar o perdão, o meu próprio perdão por não ter dado certo. Talvez seja por isso que a minha vida ficou inerte no tempo, porque eu não consigo me perdoar pelas dores que te causei e ainda tenho causado.
A unica atitude correta de alguém que erra é reconhecer o seu erro e pedir perdão, reconheço meu erro e peço perdão a Deus por não ter seguido seus principios, depois aquela pessoa a quem mais feri e aos outros que estavam na mesa.
O meu erro foi injustificável, jamais um erro pode ser excusável pelo excesso de bebida, bebi além da conta, usei-a como um meio para ocultar a minha falsa percepção do real e fui além, além do respeito e da grande confiança que tenho por duas pessoas que ali estavam, estraguei tudo, mas espero que, mesmo embora essas pessoas não voltem a ser meus amigos, possam me perdoar.
Realmente ninguém vai poder dizer o tamanho da minha magoa por ter errado, da raiva que estou de mim e da dor que está me causando olhar pra dentro de mim. E sei que se eu que cometi o erro sinto-me assim, imagina as pessoas que foram feridas pelo meu erro...