terça-feira, 22 de março de 2011

MINHA SOLIDÃO

Tenho andado por ai, perdido, simplesmente sem saber por onde ir, procurando na beleza de uma lágrima a sinceridade de um alguém... De um alguém tão imperfeito quanto eu, que entenda que meu coração é cheio de cicatrizes, e que meu mundo não é de sonhos e de fantasias... Perfeito aos olhos de quem vê, e imperfeito aos olhos de quem vive!
E no desejo de encontrar alguém descobri que antes tenho que me reencontrar... Estou perdido há tanto tempo que não sei como fazer pra me achar, se ao menos eu soubesse em que momento me desencontrei com meus sonhos, com meus planos...
O tempo tem passado tão velozmente que o medo da solidão tem me ferido a alma como um punhal afiado e dilacerante, atigindo minhas esperanças mortas de que ainda tenho chance para o amor, mas o fato é que eu matei o amor que eu acreditava sentir... E quando penso que posso senti-lo, tudo não passa de uma nova velha  ilusão. O fato é que não é ilusão, é real, não posso senti-lo porque desacreditei na beleza dos sonhos, desacreditei nos sentimentos que as pessoas podem sentir, e acima de tudo desacreditei nos meus sentimentos, desacreditei na minha própria chance de vida...
Procuro uma saída, mas não vejo saidas, procuro um olhar não encontro, procuro um sorriso que permaneça, todos são passageiros, procuro meus planos, mas todos se espalharam por aí, procuro a minha alma, a essencia que enobrece, enaltece... Mas não sei onde encontrá-las...
A tristeza tocou meu coração, tirou os brilhos dos meus olhos e matou o doce do meu sorriso...

quarta-feira, 16 de março de 2011

Já faz algum tempo que eu penso em vir aqui escrever, mas o fato é que eu perdi a paixão pelas palavras, pela poesia, pelos romances... Tudo antes parecia puro, verdadeiro, não inocente, mas puro. E hoje, não existe mais pureza, não existe mais amor, não existe mais nada além de um coração morto. As lágrimas que cairam noite passada, retrasada, semana passada, não fazem diferença, não importam... Estou cansado, cansado dos meus falsos sonhos, da minha falsa realidade, da minha falsa alegria de viver, do meu falso desejo de amor e de ser amado... Estou apenas cansado... Tenho conseguido tudo que eu havia almejado, meus planos e idealizações, portanto, que sentido tem conseguir algo se não se tem com quem se dividir? Nenhum, meu coração se esvaziou por todas as lágrimas que cairam... ah esquece... :(

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

E de repente a tristeza tocou meu coração, tocou minhas doces ilusões, mentira, não importa o que eu faça, não importa o quanto eu esteja cercado de pessoas, tudo isso é passageiro e em vão... É hora de cair na real e enfrentar o problema, ando triste e solitário há muito tempo... É tudo uma droga, não importa o que eu faça, não há nada que eu busque fazer, meus olhares são vazios assim como vazio se tornou meu coração... A quem quero enganar?

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

...?

Percebi que nos últimos meses de minha vida, um certo incomodo em meu coração se tornou repetitivo, o medo da solidão, e o pior é que a cada dia eles tem se tornado maiores.
Mesmo embora esteja cercado de pessoas a minha volta não consigo preencher o vazio que me maltrata e corrói a minha alma. Descobri que a tristeza tem dilacerado meu corpo e principalmente meu coração.
Descobri ainda que o simples fato de sentir-me assim não é ausência de amigos, é ausência de amor, é ausência de tudo e mais um pouco e essa ausência de tudo e mais um pouco tem corroído minha essência, percebi que abri mão de mim mesmo, não me preocupo mais em fazer a barba, ou em me olhar no espelho, não me preocupo em ser doce e meigo, em ser quem eu era, não me preocupo mais com meus estudos e com o que eu quero...Às vezes sinto que estou fazendo tudo o que tenho feito porque ainda tenho lutado para tentar não deixar a tristeza e a solidão me matarem... Mas estou morrendo a cada dia que se passa, mas afinal, quem não está morrendo não é? Quando, das poucas vezes que consigo fazê-lo, olho no espelho e vejo que tenho envelhecido duzentos anos por dia.
Até quando senhor? Sei que a tua misericórdia e a tua graça têm me acompanhado, mas até quando clamarei e não serei ouvido? Quantas lágrimas precisam rolar de minha face em busca de perdão? Quantas noites preciso passar sozinho para conseguir um novo amor? Quantas vezes vou sentar no chão do banheiro e chorar sem ser ouvido?
Poderia eu perder todas as coisas, poderia eu perder tudo, mas não poderia perder a fé e o amor próprio, e por mais que eu venha lutando, não tenho conseguido, perdi a fé em mim mesmo. Perdi o interesse em cuidar do meu coração, em cuidar de mim, perdi a fé a esperança no amor, seria natural se qualquer outra pessoa desistisse de nós, mas não poderia ser natural desistirmos de nós mesmos.
Essa lágrima que cai, como as outras é real, dói, maltrata e não consigo ver uma saída, as portas que não se abrem, por mais que eu corra atrás, as coisas só tem piorado, por mais que eu diga que estou bem, no fundo, quero dizer que estou sofrendo, e que preciso de um ombro, de um colo pra chorar, que tenho medo de ficar sozinho e que não quero mais ficar sozinho, por mais que eu diga aos outros que tudo vai dar certo, não consigo acreditar que pra mim as coisas vão mudar ou melhorar... Por mais que eu sorria, por dentro estou triste... sinto falta de um abraço, de um olhar, sinto falta de uma palavra amiga, sinto falta de uma companhia que não se preocupe com horas, sinto falta de ser ouvido, sinto falta de ser amado...
tá dificil reerguer a cabeça e recomeçar, não tenho conseguido viver um dia de cada vez, não tenho conseguido...

domingo, 10 de outubro de 2010

O ERRO É INJUSTIFICÁVEL


Se as pessoas soubessem a dor que causam em outras quando cometem erros, talvez não o cometessem, mas os cometem não porque não sabem da dor que causarão a outras pessoas, mas cometem por egoismo e falta de controle e amor próprio.
Um erro tão banal como magoar alguém em seu dia especial é injustificável e imperdoável. Pior não foi ter errado, foi ter deixado aquela maldita lágrima cair. Caiu não por arrependimento, mas como diria o padre Fábio de Melo: "... As pessoas sofrem muito porque não administram de um jeito certo as causas que as fazem sofrer. Escolhem errado, vivem errado, amam errado. Tudo porque faltou reflexão.", o que também não justifica o erro...
As pessoas erram por puro e simples egocentrismo das próprias almas. Errei não porque lutava tanto pra ser bom ou porque eu desejava estar bem ao menos um dia, e tinha que ser logo num dia tão especial pra você? Errei no momento em que não ouvi, que não tive controle de minhas atitudes, em que não respeitei as pessoas que estavam comigo. Elas não mereciam meu erro, mas eu mereço, somente eu mereço a minha dor de ter errado.
Depois que se erra, a pior atitude é tentar concertar aquilo que ja foi quebrado, talvez as palavras não fossem sinceras, ou talvez foram sinceras demais porque você não tinha como controlar aquilo que saia de dentro.
O pior não é errar, mas é magoar aqueles que foram objeto do seu erro, do seu egoísmo, da sua falta de amor próprio... A dor de ter errado não é de ninguém, é minha, sou humano, não sou perfeito, e essa dor maltrata, fere... Mas sou acostumado com ela, pensei que tinha mudado, que tinha me tornado alguém melhor, mas não, ainda sou aquele que tanto repudiava.
Talvez devesse eu mudar minhas manias, sair da rotina de todos os dias estar no mesmo lugar, talvez devesse eu buscar o perdão, o meu próprio perdão por não ter dado certo. Talvez seja por isso que a minha vida ficou inerte no tempo, porque eu não consigo me perdoar pelas dores que te causei e ainda tenho causado.
A unica atitude correta de alguém que erra é reconhecer o seu erro e pedir perdão, reconheço meu erro e peço perdão a Deus por não ter seguido seus principios, depois aquela pessoa a quem mais feri e aos outros que estavam na mesa.
O meu erro foi injustificável, jamais um erro pode ser excusável pelo excesso de bebida, bebi além da conta, usei-a como um meio para ocultar a minha falsa percepção do real e fui além, além do respeito e da grande confiança que tenho por duas pessoas que ali estavam, estraguei tudo, mas espero que, mesmo embora essas pessoas não voltem a ser meus amigos, possam me perdoar.
Realmente ninguém vai poder dizer o tamanho da minha magoa por ter errado, da raiva que estou de mim e da dor que está me causando olhar pra dentro de mim. E sei que se eu que cometi o erro sinto-me assim, imagina as pessoas que foram feridas pelo meu erro...

domingo, 12 de setembro de 2010

HORA CERTA - Por Lyon Adriano


Há certas horas que as palavras não ditas doem, há certas horas que o silêncio corrói uma alma e destrói corações, no entanto, há certas horas que a lágrima que cai não é de tristeza, não é de dor e nem de solidão, mas de alegria, riso e companhia...



Há certas horas, mas que não se sabe que horas, mas que elas, as horas, de alegria, de companhia, carinho, amor, chegarão... e quando chegar, ah, é hora de amar, de viver e de sorrir!!!



E quando essa hora chegar, ah socorro! Socorro porque ali, na doçura do mais nobre sentimento você sentirá, sentirá que o socorro não é de medo e de vazio, não é de ausencia de coração, não é de ausencia de risos ou de lágrimas, não é de ausencia de sentimento, mas sim, é a loucura nobre do amor chegou, tocou, grudou e ficou... Ah e o amor, o amor enobrece, enaltece até a alma que mais anseia não sentir...



Então quando não é hora de suavidade e de plenitude, e tudo em sua volta e vida são tristezas e magoas, você se surpreende, se surpreende porque a vida segue seu ritimo desconcertante e alucinado e ai você percebe que não pode parar, que o tempo que perdeu não volta, que agora é hora de viver, viver aquilo que se tem pra viver, amigos, amores, beijo e beija-flores, sim, tocam-se agora o som dos tambores!



Tinha que ser ali, naquele momento, o que é real e o que não é? Porque aquela lágrima era necessária, porque aquele momento de solidão era preciso, sim, nada foi em vão, aquelas noites mal dormidas, o chão do banheiro que gelava seu corpo e deixava ali inerte e frio seu coração porque o amor lhe tinha abandonado, ou até mesmo porque você o tinha abandonado, deixado de lado porque um antigo romance não deu certo, porque a alegria e a vontade de viver tinham se ausentado.



Sim, tinha que ser ali, e agora no momento perfeito do tempo, os ponteiros sincronizados marcam a hora certa que diz o ritmo puro no recanto de seu coração: "volte a viver, volte a amar"!



- E voltará?



- Ah como eu quero viver e amar!

DESABAFO DE MIM


Não sei o que acontece com o meu coração,
Escolhi a solidão, mas será que quero estar sozinho?
Escolhi o pior caminho, mas será que era este o que eu deveria estar?
Sempre tive sonhos, fantasias,
Mas o que será que aconteceu com a minha poesia?
O meu coração dói, a minha alma sangra, rasga e fere!
Tanto tempo pensei em ter esse dom,
Mas entre livros não publicados,
Frustrações de sonhos sonhados e fracassados me perdi!
A solidão é fria e não acalma,
Destrói, consome as minhas verdades,
Verdades tão banais e cruéis!
Tudo é imperfeição, amaldiçôo o meu espírito!
Criatura desprezível, detestável, ignóbil!
Sim, este é o poeta que me tornei!
Não somente o poeta, mas o humano, o ser por trás da mente brilhante,
Essa, no entanto, sem acalanto, face enganadora!
Sangra peito, deita-se e não sonha,
Pega a caneta e o papel, componha sobre sua dissimulação!
Não se olhe no espelho, a sua alma não vive.
Você quis assim, deixou o dom padecer,
Perdeu-se na hora errada, vida a tua és amargurada.
Agonia, assombra, pavor, temor de minhas próprias palavras.
Palavras apenas minhas, sinceras, reais,
Tão dilacerantes são elas, elas as minhas palavras!
Sempre acreditei que eu sou o que escrevo e não o que falo,
Lixo, tudo é lixo, a minha alma fede, faleça agora, inerte,
Muda, silenciada apenas por mim!
Disseram que eu poderia ser grande,
E sou? – Responder pra quê!
A poesia fala por si, eu sou esta poesia, assim... Tão vazia!
A expressão legítima do que tenho vivido,
Turbulência, agitação, desordem, enfim, motim dentro d’alma!
Jamais serei o que um dia fui, sangra peito,
Lágrimas de sangue descem pela face do poeta já frígido,
Sem volta, sem desejo, sem inspiração.
O Entusiasmo do criador passou,
Como não amar aquilo mesmo que se criou?
Verdades ditas a mim mesmo dilaceram o meu peito, este já aprisionado!
Hoje eu cometo o suicídio de tudo o que sou,
Meu nobre nada poeta, o teu fim realmente chegou!
Cala-te, não há volta, somente dor e revolta,
Você quis assim, se matou aos poucos,
Destruiu tudo o que um dia tinha,
Amigos, amores, sons de tambores,
Até rei já foi, casa no lago com belo jardim, amada no balanço!
Eras rico em beleza e ardor, apaixonado, inspirador,
Envolvente, quente, extasiado, veemente!
Dói sempre no final, só se dá valor depois que se perde,
E eu perdi, amigos, amores, sons de tambores...
Gosto amargo, lacrimeja alma,
Mas não reclama comigo, não me entendo!
Incompreendido e incompreensível.
Lamentável e triste é o meu desabafo,
Estou cansado de mim, dúvidas assolam o que sou,
Quero acabar com isso,
Minha alma está enfadada de tanta agonia, atormentada dentro de mim,
Como acabar com isso?
Sim, agora podem rir! Aquele que se achava inatingível caiu!
Aquele que sempre dizia que tudo iria dar certo despencou!
Caiu mais veloz do que a velocidade da luz...
Aproveitem esse momento, porque ele se perpetuou no tempo,
Não é coisa de estação, tudo era aparência...
Aquele cara, poeta, humano inabalável, fé inalcançável, estável, era falso,
Mascarado, fingido, oculto!
Riem, alegrem-se aqueles que se sentem vingados com a minha queda,
Um dia, acho que fui bom, não tão bom quanto alguém acreditava que eu era,
Não tão bom quanto alguém ainda achava que eu poderia ser.
Amigo de muitos, inimigo de mim!
Melancólico é o meu fim e o meu desabafo nem ao menos vão decifrar!
Dor, deixe que as tuas lágrimas que agora caem ponderem por ti.
Vencido, derrotado, sem fulgor, mal clareado...
Pára, sai de dentro de mim, não me faça escrever mais!
Já entendi, sou migalha, não sou ninguém,
Jamais serei alguém! Pra quê continuar com tudo isso?
Essas lutas? Você jamais chegará a lugar algum!
Para, para... A tua história já está escrita,
E juro, não minto, vai sofrer eternamente!
Prisioneiros, homicidas, criaturas das piores espécies,
Mas felizes serão do que você! Sua alma ansiará pelo doce gosto da morte!
Poeta? Lyon? Rirei infinitamente de ti!